À noite, peregrinadoras estrelas, em claras chamas sagradas, no espaço ardem.

Uma lua virginal, aureolada de branco, irrompe fria e magoada, com um ar antigo e desolante de histerismo atormentado, como as freiras que envelhecem nos claustros.;

Hálitos, vivos estremecimentos elétricos, passam, perpassam no dorso Glauco das ondas que o luar então alastra...

Mas, o que mais enternecidamente enleva e perturba até as lágrimas, num sentimento intenso, de recôndita vibração, é um simples lenço, um adeus febril vertiginoso, em ânsia, que ali fica às vezes a palpitar ao sol, infinitamente, na emoção de uma alma, para a vela que vai já além confusa na distância, desaparecendo, perdida nos longes esfuminhados, infinitamente, infinitamente...