MULHERES E CREANÇAS
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No dia em que se assentar este ponto como verdade incontestavel, o mundo terá dado um dos seus passos mais gigantescos no caminho da felicidade.

Educar a mulher eis o grande problema que resta ainda a resolver.

Educar a mulher é arrancal-a na infancia ao seu berço fôfo e tepido de beijos, e leval-a por caminhos d’uma magestade austera que ella nunca trilhou.

É preparal-a para a grande lucta moral que é a Vida, com os cuidados com que Sparta, a guerreira cidade antiga, preparava os seus filhos para as luctas do corpo, para as victorias da destreza physica.

É associal-a pela comprehensão e pela sympathia a todos os trabalhos e investigações do homem moderno; é dar-lhe ao lado d’este um lugar honroso e definido, não egual pois que são diversas as attribuições de ambos, mas equivalente em direitos e em deveres.

É fazer-lhe comprehender bem claro que as seducções do corpo — seu orgulho supremo e seu constante desvanecimento — quando não são reflexo da formosura e da robustez da alma, não passam d’um laço ignobil armado ao animal malefico e bravio que todo o homem encerra em si.

Educar a mulher é leval-a a compenetrar-se do seu papel providencial na familia, e achal-o grande, util, elevado, digno de saciar as mais levantadas ambições,