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MULHERES E CREANÇAS

acceitam este modo de vida, são ainda mais desgraçados do que os maus, porque são mais explorados.

Portanto ou fogem d’elle, ou se corrompem fatalmente.

Estamos, pois, em face d’este dilemma.

Ou havemos de não ter criados, ou havemos de os ter maus.

É verdade que fomos nós que voluntaria ou involuntariamente os corrompemos e estragámos.

Concedo.

Agora, porém, não se tracta d’isso.

Achamos o resultado das nossas proprias culpas e procuramos os meios de o modificar.

Primeira necessidade imprescindivel: é preciso educarmos os nossos futuros criados.

Mas como?

Creando para isso instituições especiaes, ou modificando a indole das que já existem.

Tractemos antes de tudo das mulheres.

Estão por todo o reino espalhadas, e ainda bem que assim é, as instituições de caridade, tanto de iniciativa dos particulares, como de iniciativa do Estado.

O que é que n’esses asylos se aprende, salvo excepções possiveis, mas que não chegaram ainda ao nosso conhecimento?