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MULHERES E CREANÇAS

em cujos sinistros meandros nem sequer receiam perder-se.

Em cada um d’aquelles pequeninos cerebros encerra-se em germen tudo que é no homem pequenez ou grandeza, genio ou mediocridade, força ou impotencia, virtude, abnegação, esquecimento de si ou egoismo, vicio e crime.

Onde ha maior mysterio do que a creança?

Debalde a interrogamos; não sabe responder, senão áquelles que pelo poder da sympathia logram identificar-se com ella.

Recebel-a das mãos de Deus é para a mulher, para a mãe a mais tremenda das responsabilidades, e desgraçadamente aquella de que tem a consciencia menos definida e menos clara!

 

 

Ser mãe, quem o não é?

A difficuldade e o segredo é saber sel-o.

Na sociedade, tal como ella está constituida e continuará a estar por largos e dilatados annos, dous entes, um homem e uma mulher, moços ambos, encontram-se, olham-se, sorriem-se e pensam de si para comsigo que estão apaixonados.

Durante alguns dias, alguns mezes, a que elles em falsa e sentimental linguagem chamam seculos, repetem