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MULHERES E CREANÇAS

Torna a creança absurdamente vingativa.

D’ahi a bater ou a ter vontade de bater em quem a contraria, não vae nada.

De cada idéa falsa se faz n’estes cerebros delicados e impressionaveis o germen de um vicio ou de um defeito.

Quantas mães eu não tenho ouvido dizer: Meu filho é tão teimoso! Meu filho é tão guloso! Ou tão tagarella, ou tão curioso! — ou tão colerico!

Mães, procurae bem no passado e achareis a semente d’isso que hoje é planta damninha e venenosa.

 

 

Combater a teima, com a teima, a gulodice natural com a abstinencia forçada, a cólera instinctiva, com os castigos implacaveis, é pessima tactica.

O meio de levar uma creança a esquecer-se de que teimava, é distrahir-lhe a attenção para assumpto muito diverso d’aquelle que a absorvia.

Quando uma creança é exageradamente gulosa, o meio de a emendar é leval-a a envergonhar-se do seu defeito, a córar d’elle diante de si propria.

Nas cóleras a que todas as creanças são mais ou menos sujeitas, o remedio mais efficaz é uma brandura magoada.