MULHERES E CREANÇAS
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forçada e muitas vezes perigosa que entre elles se estabelece, e dos resultados nocivos que d’essas relações resultam para a educação.

Legouvé leu este trecho na Academia Franceza; por aqui se reconhece a sua importancia, a maneira superior por que foi tratado.

Muitas mães desattendem na educação dos seus filhos a questão gravissima dos criados.

Deixam que as creanças vivam n’um contacto muito intimo com gente de tracto grosseiro, de comportamento equivoco, de linguagem eivada de erros, de conversação baixa e degradante.

Quantas mães eu não tenho ouvido dizer ás suas filhinhas de quatro, cinco e oito annos: — Vae lá para dentro; deixa-me conversar?!

Imaginam ellas que para a creança nenhuma consequencia má póde provir da sua intimidade com as criadas.

Enganam-se.

Antigamente, quando os domesticos faziam, por assim dizer, parte integrante da familia, nasciam e morriam na casa, não havia perigo em que as creanças estivessem junto d’elles e com elles tagarellassem e brincassem.

O instincto d’essas boas creaturas, afinado na convivencia de pessoas de educação elevada, fazia-lhes