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MULHERES E CREANÇAS

Será absolutamente preciso dizer mal, murmurar, revelar indiscretamente mysterios alheios?

Não quer isto dizer que a humanidade se limite a um puritanismo de palavras, que degenerará por força em hypocrisia; mas entre esse excesso ridiculo e a liberdade absoluta que se usa diante das creanças, creio que ha um meio termo que seria facil de adoptar.

E depois, seja dito com toda a coragem: ou se é mãe no sentido completo e absoluto d’esta palavra ou se é mulher do mundo.

Ou nos havemos de consagrar á companhia dos nossos filhos, á sua educação, ao desenvolvimento gradual das suas delicadas faculdades, á vigilancia solicita das suas almas e dos seus corpos, ou havemos de dar aos tenros espiritos de quem somos guias, o deploravel espectaculo das fraquezas e dos defeitos que tanto lhes desejamos fazer evitar.

 

 

Na creanca do sexo feminino a tendencia que mais cedo se desenvolve é a vaidade.

A pequenita de tres annos já começa a ter orgulho e presumpção no seu vestidinho bordado, nas suas saias de folhos, no seu chapéu vistoso e garrido.