que na vespera do seu casamento foi dirigida á sua filha por uma extremosa mãe.
Explica muito melhor do que nós o podemos fazer o triumpho de um bom coração maternal.
«Não tive animo de te dizer todas estas cousas frente a frente.
Tive medo de chorar, e tu sabes, meu anjo, que detésto acima de tudo os enternecimentos intempestivos.
Depois, teria pejo, eu, tua mãe, eu que julgo ter concorrido pelos cuidados de toda a vida para o excellente exito da minha obra — quer dizer, da tua educação — teria pejo de te encher de louvores que embora justos, recahiriam um pouco sobre mim.
Sabes que eu nunca te deixei, que por amor de ti renunciei, e de muito boa vontade, á companhia dos indifferentes e dos frivolos, que só viriam destruir ou modificar o effeito de todos os meus esforços, tão santamente abençoados por Deus!
Com que saudades eu me lembro dos serões de outro tempo, em que tu já serena, grave e modesta como és hoje, lias ao pé de mim, emquanto os nossos bons e velhos amigos conversavam em cousas sãs, em cousas simples, das que não podem ferir os ouvidos de uma menina!
Não te aconselho que renuncies ao mundo por