O DRAMA DA GEADA
JUNHO. Manhã de neblina. Vegetação entanguida de frio. Em todas as folhas o recamo de diamantes com que as adereça o orvalho.
Passam colonos para a roça, retransidos, deitando fumaça pela bocca.
Frio. Frio de geada. desses que matam passarinhos e nos põem sorvete dentro dos ossos.
Sahiaramos cedo, a ver cafesaes, e alli pararamos, no viso do espigão, ponto mais alto da fazenda. O major, dobrando o joelho sobre a cabeça do socado, voltou o corpo para o mar de café, aberto ante os nossos olhos, e disse, num gesto largo:
— Tudo obra minha, veja !