como auxiliar. Vinha recommendado pelo gerente de um banco em que tenho algumas promissorias dilataveis conforme a elasticidade da minha gentileza. Mas depois soube. O pedido não tem importância alguma. O gerente pediu porque o tio de um amigo do seu preclaro irmão...
—Como se chama o irmão?
—Não conheço, mas deve ser preclaro. Foi graças a sua intervenção que o pedido do tio do amigo conduziu até nós esse inutil sob o patrocinio de um coronel reformado. Miserias, meu filho! Até parece pilhéria tanto pedido para tão pouca coisa...
—E se o homem tem talento?
—Talento! Mas talento para que? Eu não preciso de talentos. Quando a folha está muito sem talento, faço uma entrevista com o Ruy Barbosa. Dá para um mez.
—E quando acaba?
—Faço outra. Mas o homem é maluco além do mais. Resolveu corrigir outro dia todos os erros de portuguez da folha que estava já em circulação, deu-me o plano de um curso de jornalismo e de uma bibliotheca para os meus collegas, achou perfeitamente idiota uma reportagem do nosso grande Adhemar...
—Que Adhemar?
—Um rapaz que veiu de Minas com o Léon Roussouliéres e, apesar de não ter muita leitura,