pes a lei santa de vosso Filho, nosso Salvador; desprezámos os merecimentos que de sua paixão e morte nos poderião resultar; tornámo-nos o opprobio de vosso unigenito: Sacerdotes e povo todos igualmente delinquimos e nos apartámos do caminho da rectidão, somos servos inuteis, e não ha quem obre o bem e a justiça; fechámos, com a nossa ingratidão, o thesouro de vossas misericordias, e por nossa iniquidade e estudo da malicia nos tornámos indignos de vossa clemencia. Com razão experimentámos os rigores de vossa justiça. Terrivel sois em vossos castigos, mas nós os havemos merecido! Tremem os montes em vossa presença, e quem se opporá á força de vosso braço? Se fechardes o Céo, quem o abrirá? Se lhe abrirdes as cataractas, quem as fechará? Enriquecer ou empobrecer, dar vida ou morte, ferir ou sarar, facil cousa é em vossos olhos, de vossa vontade só depende. Estais justamente irado contra nós, porque peccámos. Somos o opprobio de nossos vizinhos; apartastes de nós a vossa face, e ficámos cobertos de pejo. Abrandai porèm, Senhor,