227

A Baroneza de Steimfeld ordenou no mesmo momento que lhe trouxessem o seu palofrom , e que todo seu acompanhamento montasse a cavallo.

— Eu , gritou ella , deixo huma morada na qual huma boa christāa jamais deveria ter entrado. Eu deixo huma casa cujo dono he Feiteçeiro , a mulher hum duende que nāo ousa molhar a fronte com agoa benta , e a Camarista-mór huma snjeita que por hum vil interesse , fez-se alcoviteira entre hum bruxo , e hum demonio incarnado.

Ella marchou immediatamente com a raiva no coraçāo , e o furor pintado no semblante.

O Barāo avançou algnns passos , e preguntou se entre os Cavalleiros , e Fidalgos alli presentes , algum havia que quizesse puxar para a espada em abono das infames mentiras que a Baroneza vociferára contra elle mesmo , contra sua esposa , e sua Parenta.

Todos recusarāo defender a Baroneza em causa tāo pessima , e declararāo por huma voz que estavāo convencidos , que fallára com calumnia , e falsidade.

— Sejāo pois consideradas como mentiras as palavras que nenhum homem honrado quer sustentar. Porem todos hoje presenciarāose a Baroneza d՚Arnheim cumpre com os deveres do christianismo.

A Condeça de Waldstetten fazia ao Barāo sinaes com certo ar de ansiedade em quanto elle fallava: e quando ella se pôde aproximar , os mais proximos ouvirāo que lhe dizia em ton diminuto.