João Eduardo, à noitinha, ia sair de casa para a Rua da Misericórdia, levando debaixo do braço um rolo de amostras de papel de parede para Amélia escolher, quando à porta encontrou a Ruça que ia puxar a campainha.

— Que é, Ruça?

— As senhoras foram passar a noite fora de casa, e aqui está esta carta que manda a senhora.

João Eduardo sentiu apertar-se-lhe o coração, e seguia com o olhar pasmado a Ruça, que descia a rua, batendo os tamancos. Foi ao pé do candeeiro, defronte, abriu a carta:

"SR. JOÃO EDUARDO.

O que estava decidido a respeito do nosso casamento era na persuasão que era V. Sa. uma pessoa de bem e que me poderia fazer feliz,' mas como se sabe tudo, e que foi o