se os membros que caíam pesadamente prostrados ao sono lentamente a invadindo-lhe o organismo inteiro, marmoreando na estátua das felicidades infantis.

Então, espontaneamente, de todos os corações ergueu-se um coro de hosanas às alegrias da vida. Era tão bom aquilo! A gente sentia-se tão bem! E reunia-os umas grandes simpatias, a comunidade de existência e de aspirações. Tinham cessado inteiramente as primeiras hostilidades surdas com que na véspera haviam recebido o Marcondes. Agora todos tratavam de indenizá-lo das iniciais más vontades. Não poriam dúvidas em lhe abrir um cantinho onde vivesse, naquele ninho acolchoado e quente onde vinham quebrar-se em mansidões as vagas do exterior. Sentiam-se bem. O vento que lá fora remexia a folhagem trazia-lhes, pelas janelas abertas, o ar embalsamado dos jardins. Da mesa, onde quedavam-se, num desastre de refeições já feitas, os pratos e as xícaras servidas, vinham todas as sensações boas das honestidades burguesas. Sá Jovina continuava a sua história, numa voz plangente, como a melopéia tristonha das mornesas vitais. E todo este quadro da vida íntima encerrava-se na esfera