ia mudar-se, naquele mesmo dia, que logo de noite estariam a sós na grande intimidade da família, sem esse estranho a perturbar-lhes as expansões. D. Augusta, a fim de ocultar o seu contentamento, fizera-se ainda mais severa e cerimoniosa, presidindo a mesa com o seu busto aristocrático de palaciana. Nenê tornara-se francamente alegre, sorrindo para o filho, debruçando-se sobre a mesa para examinar-lhe o prato e picar-lhe a carne mais miudinha. Sá Jovina, essa, nadava em vanglórias. Sentia-se feliz e confiante nos seus préstimos. Tudo aquilo era sua obra! Fora ela, a desgraçada que não tinha casa, quem o pusera pela porta afora! E agora ia ficar sozinha, ali, sem nenhum outro estranho com que eles repartissem a afeição que lhes sobrava! E ficaria ali, a cobrar o trabalho, a pedir a Nenê que lhe pagasse o serviço, que lhe pagasse o sossego de corpo e de espírito em que ia dormir daquela noite em diante!