da sua formatura no Pedro II, e que não conhecia absolutamente a família da mulher! Se o Pedro a tivesse ao menos previamente consultado! Mas qual! Ele era incapaz dessas pequenas deferências! Supunha-se dono da casa e queria fazer tudo conforme lhe vinha à cabeça! Por isso também andava a meter os pés pelas mãos e a cometer quanta imprudência havia! Ele porém que tomasse tento porque ela não estava disposta a prestar-se a semelhantes desregramentos!

Nenê observava-a. Assistia àquele monólogo tumultuário de idéias que a mãe estava ali a ruminar no seu silêncio esfingético. E retraía-se absorta em uns tristes pensamentos, previa umas grandes atrapalhações a perturbando-lhe o calmo da existência e vinham-lhe umas sensações más de infelicidades. Ela sentia-se tão boa, tão fácil de contentar no seu egoísmo de sossego! Para que procuravam atormentá-la, lançá-la de repente, assim sem mais nem menos, numa questão entre a mãe e o marido? Decididamente estava muito só no mundo, sem uma grande afeição protetora a acolchoar-lhe as asperezas da vida. Revoltava-se. Se ao menos eles pudessem brigar sem envolvê-la na questão! Não contava porém com semelhante coisa, e