só aprendia quem tinha vontade! E o Pedro disse então à mulher que o Marcondes era exatamente um daqueles que, no tempo, mais vocação havia mostrado.

O rapaz desculpava-se, fazia-se de modesto. Era verdade que tinha algum gosto para a coisa e que chegara mesmo a aprender um bocadinho de flauta! Mas não passava de um curioso! Nenê queria porém ouvi-lo e, como ele dissesse que trouxera uma, pediram-lhe muito para que a fosse buscar. Exatamente ela tinha uma música com acompanhamento e que lhe parecia muito fácil. Rápida em seus desejos, revolveu logo a estante e mostrou-lhe a partitura, que os dois examinaram enquanto o Pedro insistia e dizia ao amigo que não se fizesse de tolo e se deixasse de cerimônias. E tais foram os rogos e os pedidos que lhe dirigiram que o Marcondes viu-se obrigado a fazer-lhes a vontade. Começaram então de parte a parte os ensaios, cada qual trabalhando por acertar o compasso, e no fim de alguns instantes tiraram completamente a música e deram princípio à execução. O Pedro aplaudiu-os vivamente com grandes e estrepitosas palmas, e a própria d. Augusta, saindo bruscamente de sua atitude reservada, dirigiu