fria com que se pôs a banhar o rosto numa prodigalidade de sabonete.

E como o Valentim viesse bater-lhe novamente à porta chamando, para almoçar, começou a vestir-se apressadamente. No último ano da vida acadêmica, quando prestes a formar-se, contraíra o hábito de brunir-se todo nuns grandes requintes de toalete, e era incapaz de sair do quarto sem estar preparado com todas as regras da arte. Era da sua parte uma adoração constante à própria pessoa que o fazia ficar longas horas defronte do espelho, a contemplar-se, achando-se muito bonito. E naquele dia, por mais pressas que quisesse ter, absorvia-se no exame do seu rosto, profundamente incomodado porque só tinha feito a barba na Bahia, havia três dias, e os cabelos já principiavam a nascer. No final das contas tudo era possível neste mundo! E como lhe aparecessem as suas aspirações a d. Juan de envolta em toda a sua exterioridade canalha, lembrou-se do busto estatuário e correto de Nenê. Era uma idéia como outra qualquer e que de mais a mais o lisonjeava muito! Bem verdade que o Pedro era seu amigo! Mas se havia de ser um outro... por que motivo não seria comele?!