E o Pedroca, sentado entre o Marcondes e sá Jovina, mimado pelos seus dois vizinhos, que procuravam adivinhar-lhe as vontades, dava uma nota de alegrias infantis, modulada no argentino suave das risadas a adornarem-lhe a boca rubra e pequenina.

À tarde, foi aquele mesmo espetáculo da rua convertida em salão comum, nas grandes familiaridades da vizinhança. D. Augusta acompanhara-os até o portão e agora envolvia-se na conversa, prestando atenção ao Marcondes, que se divertia em discutir com sá Jovina a dissolução da Constituinte e o 7 de abril; ela mesma acrescentando algumas minudências e detalhes que ouvira em outros tempos nas conversas de família, falando desassombradamente da marquesa de Santos, que chegara a conhecer. Nenê brincava distraidamente com o Pedroca, aborrecido daquilo, não podendo compreender como havia gente que achasse graça em semelhantes coisas, procurando de quando em vez interromper o fio da conversação, chamando-a para um outro terreno onde lhe fosse permitido fazer também as suas observações. O Pedro por seu lado não estava muito contente com isto. Não que ele tivesse opiniões assentadas em política!