lembrava de ter admirado por diversas vezes o brilhantismo do séquito imperial!

E vieram a falar sobre a independência. No final das contas, havia ali um mistério, uma coisa que nunca foi devidamente esclarecida, mas de que em tempos se falava extraordinariamente. Pelo menos sá Jovina lembrava-se de tê-lo ouvido a diversas pessoas. E a boa velha fez-se discreta, abaixando a voz, como quem ia comunicar um segredo. Jorge de Avillez, o comandante das tropas portuguesas no Rio de Janeiro, dizia ela, fora casado com urna senhora muito bonita por quem o Pedro I se apaixonou. Este apaixonou, a velha senhora o sublinhava, nuns tons cômicos, cheios de segundas intenções. Parecia, acrescentava ela, que o general não gostara muito da coisa e reunira as tropas na Armação para se vingar. Mas o imperador, que estava no teatro, foi avisado em tempo e obrigou a legião lusitana a capitular. E sá Jovina sorria maliciosamente. Achava muito engraçada esta idéia de fazer depender o 7 de setembro, e tudo mais, de uma aventura galante, de uma simples briga entre um marido altivo e um príncipe metido a d. Juan!