competir com o norte em manufaturas e nas artes mecânicas. [1]

Ambas essas citações encerram, com a autoridade da experiência, e da história elaborada debaixo de nossas vistas, grandes avisos aos nossos agricultores, assim como a maior animação para o nosso país. Não há dúvida de que o trabalho livre é mais econômico, mais inteligente, mais útil à terra, benéfico ao distrito onde ela está encravada, mais próprio para gerar indústrias, civilizar o país e elevar o nível de todo o povo. Para a agricultura o trabalho livre é uma vida nova, fecunda, estável e duradoura. Buarque de Macedo entreviu a pequena lavoura dos atuais escravos em torno dos engenhos centrais de açúcar e deu testemunho disso para despertar a energia individual. A todos os respeitos, o trabalho livre é mais vantajoso do que o escravo. Não é a agricultura que há de sofrer por ele.

Sofrerão, porém,

  1. Em 1861 (antes da guerra) a colheita de algodão era de 3,65 milhões de fardos; em 1871 foi de 4,34 milhões de fardos e em 1881, 6,589 milhões. Em dois anos o Sul produziu 12 milhões de fardos. “O sul está também adiantando-se, diz o Times, na manufatura de instrumentos agrícolas, couro, wagons, marcenaria, sabão, amido, etc., e esses produtos, com o crescimento do comércio de algodão, açúcar, fumo, arroz, trigo e provisões para a marinha, hão de aumentar materialmente a riqueza dos diversos estados. Como corolário natural desse surpreendente progresso os lavradores se estão tornando mais ricos e mais independentes, e em alguns dos estados do sul se está fazendo um grande esforço para impedir a absorção das pequenas lavouras pelas maiores.” Por outro lado, o professor E. W. Gilliam pretende que a raça negra aumentou nos últimos dez anos à razão de 34%, enquanto a branca aumentou cerca de 29%. Ele calcula que dentro de um século haverá nos estados do sul 192 milhões de homens de cor.