E de cada vez desfechava-lhe um sopapo pelas ventas.

— Quem foi?!

A pequena berrava, mas não respondia.

— Ah! não queres dizer por bem? Ora espera!

E a velha ergueu-se para apanhar a vassoura no canto da sala.

Florinda, vendo iminente o cacete, levantou-se de um pulo, ganhou a janela e caiu de um salto lá fora, entre o povo amotinado. Coisa de uns nove palmos de altura.

As lavadeiras a apanharam, cuidando em defendê-la da mãe, que surgiu logo à porta, ameaçando para o grupo, terrível e armada de pau.

Todos procuraram chamá-la à razão:

— Então que é isso, tia Marciana?! Então que é isso?!

— Que é isto?! É que esta assanhada está de barriga! Está ai o que é! Para tanto não lhe faltou jeito, nem foi preciso que a gente andasse atrás dela se matando, como sucede sempre que há um pouco mais de serviço e é necessário puxar pelo corpo! Ora está ai o que é!

— Bem, disse a Augusta, mas não lhe bata agora, coitada! Assim você lhe dá cabo da pele!

— Não! Eu quero saber quem lhe encheu o bandulho! E ela há de dizer quem foi ou quebro-lhe os ossos!

— Então, Florinda, diz logo quem foi... É melhor! aconselhou a das Dores.

Fez-se em torno da rapariga um silêncio ávido, cheio de curiosidade.

— Estão vendo?... exclamou a mãe. Não responde,