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da humildade. Quanto mais elevada fôr a construcção, tanto mais profundos devem ser os alicerces. A humildade modesta é a aureola da belleza.»

O verdadeiro dever se cumpre em segredo e longe da vista dos homens. Alli trabalha dedicada e nobremente. Não segue a rotina dos preconceitos da moralidade social. Não se apregôa. Segue um credo mais amplo e adopta um codigo mais elevado; submettendo-se a elles e obdecendo-lhes, toda a vida humana e toda a acção do homem é considerada como dedicada á raça inteira. As nossas acções más ou levianas contrahem diariamente dividas que, mais tarde ou mais cedo, a humanidade tem que saldar.

Como, porém, conhecermos o nosso dever? Póde haver nisso difficuldade? Em prmeiro logar, existe a permanente e constante consciencia do nosso dever para com Deus. Seguem-se depois os outros: o dever para com a nossa familia; o dever para com os vizinhos; o dever dos amos para com os famulos e dos famulos para com os amos; o dever par com os nossos semelhantes; o dever para com o Estado, que por seu lado tem o seu dever que cumprir para com o cidadão. Muitos desses deveres se cumprem em particular. A nossa vida publica póde ser bem conhecida, mas em particular existe aquillo que ninguem vê: a vida intima da alma. Depende unicamente de nós ser digno ou indigno. Ninguem póde aniquillar a nossa alma, a qual só pode perecer pelo suicidio. Se conseguirmos tornar-nos de dia em dia melhores, e inspirar nos outros o desejo de se tornarem mais dignos e nobres, teremos talvez alcançado o nosso fim.

Eis o modo pelo qual um deputado americano se conservou firme no seu posto:

Ha pouco mais ou menos um seculo, houve um