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4) Deo gratias. Fórmula corrente, e conservada até tarde, no final das obras. Cfr. Buchot, Le Livre, Paris (1886), p. 46. — Um dos mss. do Anonymo de Nevelet (= Gualterius Anglicus) termina tambem: Explicit liber Esopi, deo gratias, amen[1]. No final do Isopo Ricardiano ha uma fórmula analoga a esta[2].

5) A expressão:

finito libro ssit laux gloria christo


fórma um verso dactylico hexametro, que deve ser interpretado d’este modo:

Finito libro, sit laus [et] gloria Christo.


Elle era muito frequentemente posto pelos copistas medievaes no fim das suas copias[3]; encontra-se, por exemplo, num ms. do Anonymo de Nevelet que está na Bibliotheca Nacional de Paris, sec. xiv, e noutros do mesmo seculo[4]. Uma das redacções portuguesas da Estoria do Tungulu (sec. xiv) termina tambem com elle[5].

6) A expressão:

scriptor est talis demostrat[6] litra qualis


fórma outro verso hexametro (leonino):

Scriptor est talis demo[n]strat lit[t]era qualis.


Encontram-se não raro nos livros da idade-media fórmulas finaes, analogas a esta: por exemplo, na citada redacção da Estoria de Tungulu, o hexametro (leonino):

Qui scripsit scribat, [et] semper cum Domino vivat[7].


Alguns copistas costumavam indicar o proprio nome, o que este porém infelizmente não fez.

  1. Vid. Hervieux, Fabulistes, i, 508; outros exs. a pp. 510 e 538.
  2. Ghivizzani, Il volgarizzamento delle favole di Galfredo, Parte ii, Bologna 1866, p. 155.
  3. Cfr. Hervieux, Fabulistes, i, 504, 581 e 589.
  4. Cfr. Hervieux, Fabulistes, i, 504, 505 e 509.
  5. Vid. Rev. Lusitana, iii, 120 (artigo de Esteves Pereira).
  6. = demõstrat.
  7. Vid. Rev. Lusitana, iii, 120.