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FABULARIO PORTUGUÊS
manuscrito está inedito, e apparece agora a lume pela primeira vez. Tanto quanto pude averiguar, nunca nenhum historiador da nossa litteratura teve conhecimento d’elle. Escusado será encarecer a importancia da publicação, quer sob o aspecto litterario, quer sob o aspecto linguistico[1].
J. L. DE V.
[PROLOGO DO AUCTOR]
[Fl. 1-r].[2][S]egumdo diz o Liuro da uida e dos costumes dos philosofos, conta-sse que no tempo d’ell-rrey Çiro, rrey de Persia, este autor viuia o quall sse chama Exopo Adelpho, e foy greguo da çidade de Amtiochia e foy ajmda poeta famosisimo e de gramde emgenho, o
- ↑ Quando estive em Vienna d’Austria em 1900, copiei algumas fabulas directamente do ms., e fiz um indice d’ellas. Como porém a copia me levava muito tempo, obtive para a Bibliotheca Nacional de Lisboa uma photographia de toda a obra, e por ella me regulo agora. Esta photographia, que ficou excellente, tirou-a o Sr. E. Schattera (Wien, Hauptstrasse, nr. 95), por intermedio do Sr. Dr. R. Beer, illustre funccionario da Bibliotheca Palatina. O texto que hoje publico foi copiado da photographia pelo Sr. Balbino Ribeiro, 2.º conservador da Torre do Tombo, e collacionado com ella pelo Sr. Pedro d’Azevedo, 1.º conservador do mesmo estabelecimento, e por mim.
- ↑ Na margem esquerda lê-se em lettra moderna: Ms: Phil: 201 | Fabulæ Æsopi | in Linguâ Lu- | sitanâ |. Cyro Rey de Persia. E mais a baixo: Translatur e | Greco in | latin. |.