e conta, ssiluado e syluado; e, por outro lado, não havia vantagem em conservar na ordem alphabetica estes archaismos orthographicos, que não revelam differença de pronúncias, e são só para os olhos: uniformizo a orthographia dos vocabulos segundo as regras usuaes, e indico entre parenthesis, adeante dos respectivos numeros, a orthographia originaria.
A
aa, asa: XXIII, 30. Alterna com ala. Os aa são etymologicos: lat. ala.
aar, ar: III, 15; XIV, 2 (haar), 5. — 0s aa poderão ser etymologicos: lat. aere.
aaz, Vid. az.
aazo, occasião, causa: XLVIII, 4. Os aa podem ser etymologicos. A respeito do etymo vid. Körting, Lat.-rom. Wb., 2.ª ed., § 164.
abanador, abano para enxotar as moscas: XXIII, 31.
abastar, bastar, ser sufficiente: LXIII, 9.
abolver, revolver a agoa para a turvar: II, 8.
abúter, f., abutre: VI, 8. — A abúter corresponde abútere (pl. abúteres) nas Decadas de Barros: vid. Dicc. da Ling. Port., publicado pela Academia das Sciencias. Comquanto abutre, nas suas differentes fórmas (abútere, abuitre, etc.), seja masculino nos AA. classicos, aqui é feminino: cfr. abestruz ou avestruz, que é tambem masculino e feminino (por influencia de ave). O facto nada tem estranho, se nos lembrarmos que em latim ha varios nomes de animaes que estão nas mesmas circunstancias, como, para só citar nomes de aves: accipiter, anser, perdix , phoenix, turtur: vid. Neue, Formenlehre der Lateinischen Sprache, I (1877), 612, 613, 615, 617. Para a adopção do genero feminino podia concorrer o cuidarem muitos autores antigos «que estas aves todas são femeas, e que sem commercio masculino concebem unicamente do vento», como diz o P.e Manoel Consciencia, Academia Universal, Lisboa 1732, p. 133. — A par de abuitre, com as suas variantes, havia tambem em port. arc. avuitor, no Canc. da Vatic., n.º 321 (avuytor).
aceiro, aço: XXXVII, 3 (aceyro).
acerca, perto (adverbio): LIV, 2 (açerqua). Esta accepção adverbial está hoje antiquada.
achegar, aproximar: XL, 10; L, 8; LXI, 40.
acó, cá: LV, 5 (aquo).
acostar, encostar, chegar: XXVIII, 13.