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O MANDARIM

 

quentar a familia Ti-Chin-Fú, seguir os funeraes, misturar-me á vida de Pekin, eu devia desde já vestir-me como um chinez opulento, da classe letrada, para me ir habituando ao traje, ás maneiras, ao cerimonial mandarim...

A minha face amarelllada, o meu longo bigode pendente favoreciam a caracterisação: — e quando na manhã seguinte, depois d’arranjado pelos costureiros engenhosos da Rua Chá-Coua, entrei na sala forrada de sêda escarlate, onde já rebrilhavam as porcelanas do almoço sobre a mesa de xarão negro, — a generala recuou como á apparição do proprio Tong-Tché, Filho do Céo!

Eu trazia uma tunica de brocado azul escuro abotoada ao lado, com o peitilho ricamente bordado de dragões e flôres d’oiro: por cima um casabeque de sêda d’um tom azul mais claro, cur-