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O MANDARIM

 

baro: lembrei-me, com os olhos humedecidos, da minha aldeia do Minho, do seu adro assombreado de carvalheiras, a venda com um ramo de louro á porta, o alpendre do ferrador, e os ribeiros tão frescos quando verdejam os linhos...

Aquella era a época em que as pombas emigram de Pekin para o sul. Eu via-as reunirem-se em bandos por cima de mim, partindo dos bosques dos templos e dos pavilhões imperiaes; cada uma traz, para a livrar dos milhafres, um leve tubo de bambú que o ar faz silvar; e aquellas nuvens brancas passavam como impellidas d’uma aragem molle, deixando no silencio um lento e melancolico suspiro, uma ondulação eolia, que se perdia nos ares pallidos...

Voltei para casa, pesado e pensativo.