O MANDARIM
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para satisfazer a alma errante de Ti-Chin-Fú. Pueril desvario d’um cerebro peninsular! O velho Mandarim na sua classe de letrado, de membro da Academia dos Han-Lin, collaborador provavel do grande tratado Khou-Tsuane-Chou que já tem setenta e oito mil e setecentos e trinta volumes, era certamente um sectario da Doutrina, da Moral positiva de Confucio... Nunca elle, sequer, queimára mechas perfumadas em honra de Buddha: e os ceremoniaes do Sacrificio mystico deviam parecer á sua abominavel alma de grammatico e de sceptico como as pantomimas dos palhaços no theatro de Hong-Tung!

Então prelados astutos, com experiencia catholica, deram-me um conselho subtil — captar a benevolencia de Nossa Senhora das Dôres com presentes, flôres, brocados e joias, como se qui-