nomeação era interina, e o presidente, um carola, que ouvia missa todos os domingos, quisera ser agradável a D. Antônio, e demitira o professor amigo do livre-exame. Ficara então sem recursos. Recorrera à maçonaria, mas a maçonaria era impotente na administração daquele rato de sacristia que governava a província. Só podia obter um emprego no comércio, mas as suas aspirações não se davam com tal modo de vida. Demais, no comércio do Pará governavam os portugueses, e o Fidêncio, apesar de maçom enragé, nunca perdoara aos portugueses os desaforos que sofrera do dono do armarinho. Antes morrer de fome do que, no seu país, sujeitar-se novamente a ser mandado por um galego!

Enfim, Silves não pertencia ao Pará. O seu amigo Filipe do Ver-o-peso, um português excepcional, dissera-lhe que Silves era uma boa terra, não tinha professor que prestasse, e oferecera-lhe uma carta de recomendação para o seu correspondente Costa e Silva. Viera para tentar fortuna,