do lugar, não gostava dele, embora lhe tivesse medo. As mulheres eram-lhes hostis, não liam as suas cartas, não viam senão o homenzinho feio, que desrespeitava os santos e pregava heresias. Estranho à terra, sem ligações de família na província, sem a tradição dum passado qualquer que o protegesse, reconhecia-se fraco e dispunha-se a abandonar o campo, quando surgiu de chofre o segundo período da questão religiosa, ferida entre os bispos do Pará e de Olinda e a maçonaria.

A gente de Silves não tinha interesse algum na questão, mesmo porque o seu vigário, um pândego, valha a verdade! não se ocupava muito dessas coisas de Igreja. Mas o espírito de partido, muito vivo nas povoações pequenas, o amor da novidade, o instinto de contradição e de luta que divide os homens, mesmo desinteressados e indiferentes ao assunto da discussão, fracionaram a população em dois grupos. Um formara-se dos maçons, dos parentes dos maçons, dos inimigos pessoais do vigário