o diabo! Obras de erudição, discursos declamatórios, panfletos virulentos, de escacha-pessegueiro, que trituravam, moíam e reduziam a pó a Igreja, o papado, os bispos e os homens de roupeta, pondo em pratos limpos, com segurança indiscutível, a história da papisa Joana, os crimes dos Bórgias, os horrores da inquisição e os sofismas audaciosos do Sr. D. Antônio. Ali, naqueles folhetos, discutia-se com lucidez e verdade a questão religiosa! Faziam-se estatísticas, enumeravam-se as vítimas da inquisição na Espanha, as mortes da noite de S. Bartolomeu, em França. Mostrava-se o que era Roma, explicavam-se as patifarias dos cardeais, somavam-se os milhões roubados da Companhia de Jesus. Não havia fugir. Estava ali provado, perfeitamente provado, e o que os padres respondiam eram sofismas.

Fidêncio tomou um dos folhetos, grande, massudo, de capa amarela e tipo doze. Intitulava-se: A mônita secreta, por Um