Padre Antônio tratava-o com toda a consideração e estima, tornara-o depositário da sua confiança e ouvia-o sempre sobre os detalhes do serviço da paróquia. Macário sentia-se outro, aprumava melhor o corpo, falava mais alto. Para corresponder à delicadeza de S. Rev. ma, desenvolvera um grande zelo pelos negócios a seu cargo, e até gostava de estimular o ardor do vigário, quando o via mais sossegado, com uma vaga sensação de fadiga. Padre Antônio era moço e inexperiente, afinal de contas, precisava dum amigo sisudo e prático da vida, que o não deixasse esmorecer na árdua tarefa de que se incumbira. Macário, reconhecia-o sem bazófia e sem macavelismo, fora esse amigo necessário.

Era preciso estar a pé muito cedo para a missa de todos os dias, não esquecer a hora do catecismo, não faltar a um enterro, não fazer esperar os padrinhos dum batizado. Era necessário imaginar combinações para melhorar o templo, para adquirir o indispensável ao desempenho das cerimônias