- O Valadão é boa pessoa, formulou o Costa e Silva, mas não pode beber.

- E mata-se, prognosticou o Regalado.

- Lá se avenha, filosofou o Bernardino, sacudindo os ombros.

E foi dar providencias sobre o chá, fazendo voltar para a cozinha a criadagem que se apinhara à porta da sala de jantar.

A orquestra tocava a quadrilha da Bela Helena. O calor ia aumentando. Um odor forte de querosene queimado misturava-se no ar às emanações do suor, dos restos de cerveja, dos cigarros de tabaco negro, acesos, desfazendo-se numa fumaça acre, ou apagados, juncando o chão de pontas enegrecidas pelo sarro, nadando em lagos de saliva e catarro. O perfume vago de patchuli e manjerona, que vinha da sala de visitas, chocando-se ao vivo com o cheiro das bebidas deixadas nos copos ou atiradas ao chão, enjoava.

Depois do incidente do Valadão reinava um tumulto, a festa parecia mais animada. Os jogadores haviam abandonado as cartas,