calmos e prudentes que desmentia a petulância do olhar de vivo demônio. À guisa de tabuleta, sobre a parede exterior, privada de cal e de óleo, duas figuras, pintadas entre os vãos das portas, ostentavam as pretensões da primeira loja de Silves. Era um homem e uma senhora da altura de um metro, ele de calças justas, cor-de-rosa, terminando em pés enormes, tinha o ar dum peralvilho de aldeia, com grossa bengala na mão; ela trajava vestido vermelho armado sobre crinolina, e com uma sombrinha azul-ferrete abrigava do sol o monstruoso coque do penteado; por cima de ambos, um grande letreiro em tinha preta, já a meio apagado, anunciava - Modas e novidades de Paris, Joaquim da Costa e Silva.

Ordinariamente, ao cair da tarde, reuniam-se ali, em torno do chefe maçônico, o Regalado, o professor Aníbal, o Pedro Guimarães e o Chico Ferreira, o alfaiate, sempre distraído, assoviando por entre os dentes, e batendo a compasso sobre