perdido, vendo-se sem força para resistir por muito tempo às exigências da sua carne de vinte e dois anos.

Os sinos repicavam, numa impaciência alegre. Padre Antônio continuou a caminhar lentamente, pensando que cem vezes estivera a cair, cedendo à fatalidade da herança e à influência do meio que o arrastavam para o pecado. O medo da condenação eterna, espantalho que para sempre aterrara a imaginação supersticiosa do matuto, o desejo de ganhar a vitória, e, por que não o confessaria na solidão da rua adormecida? o olhar suspeitoso e investigador do jornalista liberal haviam-no salvado da queda. Quisera lutar e vencer. Dominara o ímpeto das paixões, na certeza de que vencia também o insolente colaborador do Democrata de Manaus. Mas agora - pela centésima vez o pensava - à sua natureza forte não podia quadrar aquele viver mesquinho que o tanger dos sinos lhe recordava. Forçoso era fugir a todo o custo às tentações da existência desocupada e fácil de pároco