sentindo-se bem, haurindo a brisa embalsamada da floresta.

Pacificava-o a idéia de que remiria todas as culpas com o sacrifício da vida oferecida na resolução, já agora inabalável de missionar na Mundurucânia. Ali não teria catedrais góticas, nem capelas florentinas, nem lavores artísticos, nem luxos de púrpura e ouro, nem concertos divinais de vozes de sopranos, imitando os angélicos na harmonia grave dos órgãos, nem prodígios do engenho humano embelezando Deus. Mas também, em vez do mesquinho esforço duma religiosidade moribunda, teria, para adorar o Criador do universo, o templo vivo, a Igreja única e verdadeira, a imensa catedral da natureza. A floresta virgem era a basílica enorme que tivera por arquiteto Deus. Tudo mais, templos do Egito, panteões gregos, mesquitas maometanas, pagodes hindus, catedrais da Idade Média, igrejas da Renascença, lúgubres conventos espanhóis, obras do esforço genial dum homem ou lentas construções