noite de maus sonhos aquela! No dia seguinte, sob uma grande mangueira à beira da água, Totônio e Emília haviam chorado muito, sentindo pela primeira vez a possibilidade duma desgraça. Totônio jurara que preferia a morte à separação, e ela, a formosa, a incomparável Milu prometera que ficaria solteira toda a vida, se lho não dessem por marido. Mas a irremediável desventura não vinha longe. Nessa mesma tarde, ao voltar para a casa, Totônio fora agarrado por quatro homens robustos, amarrado como um criminoso, atirado ao fundo duma canoa e trazido para Silves. O autor dessa inqualificável violência era sem dúvida o Neves Barriga com o ar pacato e a cara de carneiro manso. Aqui Totônio encontrara o pai irritado ao último ponto, falando em açoitá-lo, e declarando-lhe terminantemente que o Totônio para casar passaria por cima do seu cadáver, e que primeiro se arrasaria Silves do que se celebraria tal casamento. Já a esse respeito se entendera com o juiz de órfãos, o Dr. Natividade,