que primeiro o recebera mal, mas sabendo que se tratava do Totônio e da Milu, cedera a tudo que o Bernardino quisera. Totônio pensara enlouquecer de dor. Que rápida e terrível mudança se dera na sua vida! Lá as laranjeiras em flor, a sombra espessa da mangueira, o canto mavioso das sabiás e dos titupururuís, e a figura esbelta e graciosa de Emília animando o quadro, dando vida a tudo. Aqui a estupidez da vila, o isolamento, a hostilidade, a má-vontade, o sarcasmo e o pai, severo e implacável, prometendo pancada e fechando desapiedadamente o futuro. O coração do Totônio não podia resistir. Demais jurara. A morte, a morte só podia extinguir aquele amor e por fim aos cruéis tormentos que o açoitavam...

- A morte na sua idade?! exclamou Macário, sentindo-se comovido.

- Morre-se em todas as idades, respondeu o Totônio Bernardino, com a voz embargada pelo pranto.

E depois dum repouso, continuou.