o sonho extravagante de padre Antônio de Morais.

Depois que o vigário havia recusado o oferecimento do Totônio Bernardino, Macário vira-se novamente entalado entre as pilhérias do Chico Fidêncio e as instâncias do sacerdote que falara em procurar um companheiro mais ativo do que o Macário e menos criança do que o Totônio Bernardino. Havia nas palavras de S. Rev.ma uma referência clara àquele bêbado do José do Lago, que ia visivelmente ganhando terreno. Felizmente Macário tivera uma concepção luminosa, em que punha à prova o seu tão estimado maquiavelismo, salvador das apuradas circunstâncias em que se via. O passo era realmente digno de um rapaz inteligente, de uma sagacidade rara. Tratava-se de satisfazer o senhor vigário, facilitando-lhe os meios de sair da vila, na intenção de dirigir-se ao porto dos Mundurucus, mas era preciso prever o caso, embora improvável, de perseverar padre Antônio naquela loucura de catequese, a qual, era coisa decidida,