bandeira, de unhas cortantes como navalhas. Se a perspectiva de ser banquete de tapuios bravos, embora em serviço de Cristo Crucificado, não lhe sorria muito, posto o lisonjeasse uma vaga esperança de ser recebido em boa paz por milagre de Nossa Senhora e do Senhor São Macário, menos o favoneava a empresa de galgar léguas e léguas por caminhos ínvios, por florestas intrincadas, por insondáveis gapós, trepando serras onde as onças moram, vadeando lagoas onde se ocultam sucurijus de enorme boca, palmilhando sobre espinhos, onde se aninham caninanas, e penetrando grutas onde habita o maracajá de súcia com a surucucu, para, por fim, se viesse a sair dessa impossível peregrinação, chegar morto de cansaço, doente e desmoralizado à sua saudosa e sempre lembrada Silves. Nada, antes morrer de uma só vez, flechado por um selvagem, ganhando foros de tartaruga. Era mais simples e não cansava tanto. Contemporizaria, sujeitar-se-ia ao insano capricho do padre vigário até que a Providência lhe oferecesse ocasião