Depois tirou o pincenê e pôs-se a limpar-lhe os vidros com o lenço, murmurando:

- Graças a Deus, é a primeira vez que isto me acontece. Mas o Bernardino chegava carregando a tampa do caixão mortuário. João Carlos ajudou-o a encaixá-la nos machos, e os preparativos para a saída começaram.

Nessa ocasião o professor Aníbal Americano aproximou-se do capitão Fonseca e perguntou-lhe baixinho:

- Devo ler agora a nênia, ou deixo-a para o cemitério?

- Que nênia, seu Aníbal?

- Uma nênia que fiz pela morte do Totônio. Não é obra-prima, mas fiz o que pude.

- Acho melhor no cemitério, opinou o Fonseca. É mais solene.

Bernardino Santana convidou o Costa e Silva, o Mapa-Múndi, o Pedrinho Sousa, o João Carlos, o Bartolomeu de Aguiar e o Dr. Natividade para carregarem o caixão.

O Dr. Natividade escusou-se, sem dar