estampada numa larga face achatada, sem vida. O outro, o Felisberto, o insuportável tagarela que com a sua verbiagem tola concorria para aturdi-lo, era moço, muito menos trigueiro do que o velho, nariz grosso, olhos pretos e belíssimos dentes, aparados em ponta, o que lhe dava um vago ar canino. Este não mostrava indícios de haver sofrido nos lábios, nas narinas nem nas orelhas as perfurações em voga. Era mestiço, segundo o indicavam a cor do rosto, o leve ondeado da farta cabeleira mal tratada, e tinha também um certo ar palerma, que lhe garantia a consangüinidade com o velho; era mais a simplicidade de espírito do que a estupidez profunda que a pródiga natureza gravara com mão pesada na fronte enrugada do companheiro. Ambos vestiam apenas calças de riscado azul e traziam terçados americanos e espingardas Laporte. Os troncos nus luziam ao sol, destacando-se o do velho no meio da folhagem com uns tons quentes de urucu e jenipapo, cuja tinta o revestia de desenhos