exigia imperiosamente, não, saberia dominar-se. Mas podia pecar uma vez, matar a enorme curiosidade do amor físico que o devorava, e resgataria a sua falta, indo resolutamente ao encontro dos ferozes mundurucus, para morrer às suas mãos pela glória da religião do Crucificado. Não era difícil recordar exemplos da história eclesiástica, que lhe servissem de precedente e lhe atenuassem o procedimento. A partir de Santo Agostinho, cuja mocidade fora um grande escândalo dos seus contemporâneos, o que o não impedira de vir a ser um dos maiores Doutores da Igreja, até ao famoso S. Jocó, passando por centenares de conversos, entre os quais o grande S. Paulo brilhava pelo esplendor da armadura divina, não faltavam casos de santos pecando contra a castidade e, depois, por um arrependimento sincero, ganhando um lugar no céu. Na modesta apreciação dos próprios méritos, padre Antônio de Morais não se achava em condições inferiores àqueles dois primeiros célebres pecadores, tocados da