tudo para a receber e agasalhar dignamente; mas, havia prometido, a demora não seria longa, porque S. Rev.ma estava resolvido a não continuar sem mulher em casa, por causa das perdas e transtornos que essa falta lhe ocasionava. Ouvindo isto, o Felisberto não se pudera conter, pulara como uma criança. A dupla decisão de padre Antônio de Morais fazia antever um futuro de honras subidas e de prazeres incomparáveis, realizando o sonho com que se pagara a sua imaginação de tapuio, vaidoso da consideração que lhe dava o namoro de S. Rev.ma com a Clarinha.

Por isso, remando à proa do ubá, descendo a corrente do rio Abacaxis, o Felisberto antegostava o prazer de repenicar, com a força dos pulsos acostumados ao corte das rijas maçarandubas, os sinos afamados da Matriz de Silves, que o padre santo lhe descrevera como de verdadeiro bronze, de som argentino e de bela aparência dourada. Já se imaginava de opa encarnada, carregando o missal de um lado