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mais internacional, como norma de vida exterior. Está claro: porto de mar e capital do país, o Rio possue um internacionalismo ingênito. São Paulo era espiritualmente muito mais moderna porem, fruto necessário da economia do café e do industrialismo consequente. Caipira de serra-acima, conservando até agora um espírito provinciano servil, bem denunciado pela sua política, São Paulo estava ao mesmo tempo, pela sua atualidade comercial e sua industrialização, em contato mais espiritual e mais técnico com a atualidade do mundo.

E' mesmo de assombrar como o Rio mantem, dentro da sua malícia vibratil de cidade internacional, uma espécie de ruralismo, um caracter parado tradicional muito maiores que São Paulo. O Rio é dessas cidades em que não só permanece indissoluvel o "exotismo" nacional (o que aliás é prova de vitalidade do seu caracter), mas a interpenetração do rural