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como a nacionalistiquice do outro, e o nacionalismo de um Carlos Gomes, e até mesmo de um Almeida Junior, eram episódicos como realidade do espírito. E em qualquer caso, sempre um individualismo.

Quanto ao direito de pesquisa estética e atualização universal da criação artística, é incontestavel que todos os movimentos históricos das nossas artes (menos o Romantismo que comentarei adiante) sempre se basearam no academismo. Com alguma excepção individual rara, e sem a menor repercussão coletiva, os artistas brasileiros jogaram sempre colonialmente no certo. Repetindo e afeiçoando estéticas já consagradas, se eliminava assim o direito de pesquisa, e consequentemente de atualidade. E foi dentro desse academismo inelutavel que se realizaram nossos maiores, um Aleijadinho, um Costa Ataíde, Cláudio Manuel, Gonçalves Dias, Gonzaga, José