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dades de última hora, nós estamos ainda atualmente tão escravos da gramática lusa como qualquer português. Não há dúvida nenhuma que nós hoje sentimos e pensamos o quantum satis brasileiramente. Digo isto até com certa malinconia, amigo Macunaíma, meu irmão. Mas isso não é o bastante para identificar a nossa expressão verbal, muito embora a realidade brasileira, mesmo psicológica, seja agora mais forte e insoluvel que nos tempos de José de Alencar ou de Machado de Assis. E como negar que estes tambem pensavam brasileiramente? Como negar que no estilo de Machado de Assis, luso pelo ideal, intervem um quid familiar que o diferença verticalmente de um Garret e um Ortigão? Mas si nos românticos, em Alvares de Azevedo, Varela, Alencar, Macedo, Castro Alves, há uma identidade brasileira que nos parece bem maior que a de Brás Cubas ou Bilac, é porque nos românticos