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cada família realizasse preparando apenas combatentes, pois que a evolução social deve tender (o que bastaria para a educação) para o melhor cooperativismo, e é já de facto a vida social um movimento em que as forças polémicas são simples meios transitórios do progresso, da cooperação e do acórdo.

Diremos, no entanto, que a esta pouquidão da sua finalidade, que a inferioriza, acrescenta à educação familiar a vantagem da convivência entre pai e filho ou mestre e aluno em termos quasi sempre superiores em valor pedagógico aos de qualquer outro processo de educação.

Mas será sempre inferior como meio de educação social, pois a família não é uma sociedade em miniatura.

A educação nacional terá como finalidade a prosperidade e engrandecimento de uma Nação, variando, pois, os métodos educativos com o ideal nacional.

Se o ideal nacional é exclusivista, teremos os povos idólatras, absorventes e dominadores, esperando de si ou da sua providência a direcção dos destinos do Mundo.

Seria, e com um tanto de exagero para marcar um tipo, o caso da Alemanha de antes da Guerra, dirigindo e concentrando toda a sua educação em tôrno do Deutschland über alles.

Mas este caso é uma impossibilidade, como o era o de uma educação familiar com exclusiva finalidade de preparação para a vitória utilitária do educado.