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"Em nome dele,
Agradeço estas flores do teu seio,
Anjo que sobre um túmulo desfolhas
Tuas últimas flores de donzela!"

Depois vibrou na lira estranhas mágoas,
Carpiu à longa noite escuras nênias,
Cantou: banhou de lágrimas o morto.
De repente parou: vibrou a lira
Co'as mãos iradas, trêmulas... e as cordas
Uma por uma rebentou cantando...
Tinha fogo no crânio, e sufocava:
Passou a fria mão nas fontes úmidas,
Abriu a medo os lábios convulsivos,
Sorriu de desespero; e sempre rindo
Quebrou as jóias e as lançou no abismo...

VI

No outro dia na borda do caminho,
Deitado ao pé de um fosso aberto apenas,